(em frente... e versos)
Não caibo em lugar nenhum, por isso quase não tenho voz, logo, pouco sou.
Abomino -ismos e -ições,
Mas tenho que conviver com eles.
A natureza,
Bárbara!, especialmente a minha.
Come a si mesma, e isso é belo
... e assustador.
Temo a morte, o universal, o eterno e o banal.
Vivo a dor, meu presente a que não posso escapar.
Sou belo e sensível como um rinoceronte, e poucos conseguem ver. Que importa?
Não estou mesmo para os outros. Me basto quando estou sendo. Quando encontro o
quê e me encontro em quê. Acordo e desacordo.
No fim das contas, acordacordacordacordacord...
Talvez não seja compreendido, também não me sinto obrigado a compreender
ninguém.
Já fui insuportável, inteligente, nerd, chato, cético, ético. Agora sou!
Descontínuo.
Desadulto, destrite, destino, desajuste. Des-au-to-ma-ti-za-do.
Não dou para o mal, nem para o bem, nem para nada.
Dou-me intensamente a mim e aos meus, doa-me ou doa-lhes.
Melhor que ser um belo mocinho bom é “jugar desde cada rincón sin saber qué me
acecha.” Talvez inveje Joana, ou Maria, ou Ge, ou F. ou Z, porque sei que de
toda queda, mesmo quando só haja sapos a coaxar... lá no fundo, Me reerguerei, e me levantarei vigoroso e forte como um cavalo novo.
Viver não me inibe mais. Jamais.
(Wanderlan Alves)
(Wanderlan Alves)
Nenhum comentário:
Postar um comentário